segunda-feira, novembro 08, 2010

CONVÍVIO EM MAFRA - CULTURA, NATUREZA E AMBIENTE DE CONFRATERNIZAÇÃO, EM DIA MAGNÍFICO DE SOL E QUIETUDE

À hora marcada, o autocarro saiu de Sete Rios. Viagem curta. Um sol esplendoroso, o dia todo. Chegados a Mafra, houve tempo para um café, antes da entrada no Convento. Aí, fomos recebidos pelas camareiras. Vestidas a rigor, acompanharam-nos a algumas salas, depois entregaram-nos a outros membros do serviço da corte. Foi assim toda a manhã. Uma sucessão de surpresas, de sala em sala, com recepção por figuras com trajes da época, presenteavam-nos com informações detalhadas sobre o que estava à nossa frente, relacionando tudo com os tempos de então, na perspectiva da história do País, da corte, das gentes, com o pano de fundo da arte visível, das técnicas então usadas, dos factos, relembrados ou, pela primeira vez, trazidos ao nosso conhecimento.

E foi assim que estivemos na Enfermaria e Botica dos Frades e respectiva Cozinha, na Sala de Música, na Sala de Jogos, na Salinha de Leitura, na Sala de Caça, na Sala de Jantar e nos Aposentos Reais, além de outros espaços. Enfim, percorremos uma série de grandes salas, cuja história e conteúdos expostos fazem daquele Convento/Palácio/Museu um lugar único, em que a esplendorosa sala da Biblioteca se alcandora ao ponto cimeiro, não só pela sua arquitectura e luminosidade interior mas, sobretudo, pela riqueza imensa das obras que nela se guardam.

Foi uma experiência muito rica, esta nossa visita guiada ao Convento. Ao longo do percurso pudemos estar perante símbolos, obras e acontecimentos de alguns séculos da história do nosso País, relembrada por figuras como as Camareiras, o Frade, a Duquesa, o Bispo, a Princesa, o Croupier da Sala de Jogos, a Secretária da Rainha. Quando dali saímos, foi com o sentimento generalizado de agrado, pela diversidade e riqueza do que vimos e dos momentos que vivemos, pela afabilidade e graça dos anfitriões, representando todos eles, com a-propósito e qualidade, personagens daqueles tempos, na vida do Convento, também Palácio e hoje Museu.

Depois, o almoço. Foi no restaurante “O Azeiteiro”, ali mesmo na Vila de Mafra, escolhido após os muito úteis contactos iniciais a cargo dos Confrades Machado Melo e Carriço. O repasto, servido com simplicidade e a gosto, correspondeu às expectativas dos participantes.

Ainda durante o almoço, a surpresa de um sorteio, que o Directório preparou,com o fim de obter alguns fundos mais para ajudar ao pagamento da despesa total do convívio. Este momento teve a adesão espontânea dos participantes e, através de rifas, foram sorteados três prémios, oferta de Confrades, que saíram aos Confrades Cristóvão (1º), Tanqueiro (2º) e Almeida (3º)

Na continuação do programa, seguiu-se a deslocação para a Tapada de Mafra, pelo sinuoso e bonito trajecto até à entrada pelo Portão do Codeçal. Cumprida a hora de chegada, logo ali, ao dirigirmo-nos para o comboio articulado, tivemos as boas-vindas de um pequeno gamo, prenúncio de outros encontros que iríamos ter naquela tarde, dando seguimento à boa-disposição e muito interesse que todos evidenciavam.

De facto, a viagem, com sol aberto, algum calor para a época, e com a exuberante e variada vegetação envolvente por companhia, foi mais um ponto alto do convívio. Agora, com a bem conduzida informação dada pela guia da Tapada, através da instalação sonora do comboio, passo a passo íamos conhecendo o parque, na sua riqueza paisagística e na sua fauna e flora.

Fomos encontrando gamos, veados, javalis e diversos pássaros ao longo do percurso. Além disso, estivemos perante diversas aves de rapina, numa demonstração muito profissional e de grande interesse, a cargo de um técnico especializado, que nos falou dessas aves e mostrou as suas características, ao mesmo tempo que fez evoluir algumas delas, em espaço aberto, na presença do grupo. Esta parte da visita foi uma surpresa muito gratificante para todos, não só pelo seu conteúdo como pelo trabalho realizado pelo técnico de falcoaria.

Por fim, saliente-se que, igualmente no perímetro da Tapada, pudemos visitar dois museus: o da Tojeira, com as suas colecções de armas antigas e de hastes de veados e gamos, e o de Carros de Tracção Animal, onde admirámos a colecção de breques, aranhas, landaus, vitórias, faytons, coupés e outros tipos de carros do século XIX.

Terminada a visita à Tapada, regressámos de autocarro a Lisboa, com a eficaz condução e a afabilidade do Senhor Martins, condutor da empresa transportadora contactada pelo Confrade Carriço para o serviço.

Esta realização, que teve 27 participantes, constituiu, tal como outras ao longo da vida da Confraria, um momento de muito agradável e frutuoso convívio, em que marcaram presença, também, diversos familiares e amigos dos Confrades presentes.

Sobre o convívio, divulgamos agora o respectivo folheto-Programa, entregue no início da viagem a cada um dos participantes, assim como, em breve, em edição própria, publicaremos fotos que fizemos e outras que nos sejam enviadas, o que se agradece.

Aliás, vão ser publicadas já as fotos que o Confrade Rosário Gomes enviou ao Confrade Cândido Neves, conforme mensagem deste último, que vai ser publicada no Blog.

Saudações Fraternas

O Directório




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