Quando ontem iniciámos o almoço tradicional, olhei para a mesa e para todos os confrade presentes.
Numa das cadeiras vazias pareceu-me (re)ver o confrade António Batalha.
Foi no passado mês de Maio que estive, mais uma vez, com ele naquela mesa. Naquela altura, ombro-a-ombro.
Confrade nº 46, entrado na Confraria em 26 de Abril de 2007 apenas faltou a um almoço. Registou praticamente cem por cento de presenças!
Também nos acompanhou, com sua mulher, no passeio às Minas do Lousal.
Tinha-se inscrito para o convívio que teve lugar em Junho, inolvidável viagem (e almoço) de Álcacer a Setúbal. Foi obrigado a desistir por motivos de doença. Aquela que o havia de retirar fisicamente da nossa mesa, para todo o sempre.
Na cronologia dos confrades que até esta data nos deixaram, é o quinto.
Talvez por não ter tido profissionalmente um contacto assíduo e constante com a maioria dos confrades, não foi ontem feita qualquer referência à sua ausência, à semelhança das palavras que alguns outros confrades desaparecidos mereceram aquando do seu passamento.
Não está, nunca esteve, vedada a palavra a qualquer confrade razão pela qual me lamento e me penitencio pela omissão, ao não ter expressado, ao almoço, uma palavra de lembrança por um confrade que jamais estará connosco. Como todo e qualquer confrade que aceitámos como membro da Confraria, penso que teria merecido um brinde.
Mea culpa.
Tenho a certeza que todos eles estão em paz e desejo que nós, na “Confraria”, possamos durante muitos anos, levantar e beber um copo em sua homenagem. Ainda que individualmente, silenciosa, intimista, com respeito por todos eles e sobretudo com muita saudade.
Mensagem individual, da responsabilidade do gestor do blogue, Cândido Neves.
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